quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pesquisa indica que brasileiros estão mais altos, mas alerta para sobrepeso de jovens

Pesquisa divulgada nesta quinta (19) pelo Ministério da Saúde revela que os brasileiros estão mais altos. Os dados indicam que o acesso a alimentação tem contribuído para o aumento da estatura de crianças com menos de 5 anos de idade. Entre 1974 e 2007, o índice de deficit de altura principal indicador da desnutrição caiu 75%.
O estudo Saúde Brasil 2008 mostra ainda que as crianças brasileiras estão cada vez mais próximas do padrão internacional mantido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para avaliar a estatura da população de até 5 anos, a OMS adota uma escala que vai de 2 a 2, em que zero é considerado o padrão ideal. A média das meninas brasileiras é de 0,22 e a dos meninos, de 0,35.
A pesquisa indica que os ganhos em altura ocorreram também entre adolescentes de 10 a 19 anos. Nessa faixa etária, a redução do índice de deficit de altura foi de 70% no período entre 1974 e 2003.
Na população adulta, as mulheres ganharam 3,3 cm, em média, em 14 anos e cresceram quase duas vezes mais que os homens. Durante o mesmo período, eles ganharam 1,9 cm, em média.
O ministério alertou ainda que o aumento na estatura da população não significa, necessariamente, que as pessoas estejam se alimentando de forma correta e saudável. A pesquisa revela uma mudança no perfil nutricional do brasileiro, que passou de um estado de desnutrição para o de sobrepeso.
O risco de obesidade, de acordo com os dados, é maior entre jovens do sexo masculino com idade entre 10 e 19 anos. Nos últimos 29 anos, o grupo apresentou um aumento de 82,2% no Índice de Massa Corporal (IMC) uma relação entre o peso e a altura.
Entre as meninas nessa mesma faixa etária, o aumento do IMC também foi elevado e chegou a 70,3%. O ministério garante, entretanto, que elas apresentam índices próximos do padrão de referência.
O estudo aponta diferenças entre os dois sexos também na idade adulta. Enquanto o risco de obesidade para homens tem aumentado constantemente nos últimos 29 anos, as mulheres mantêm o índice desde 1994.

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